Desde o início de janeiro de 2022 o Hospital Adventista do Pênfigo tornou-se referência no atendimento a pacientes hepatopatas no Mato Grosso do Sul. O médico-cirurgião do aparelho digestivo, especialista em transplante de fígado, doutor Gustavo Rapassi, integra o time do HAP e através de sua experiência profissional lidera atualmente o ambulatório pré-transplante que funciona dentro na unidade matriz. “Em nosso ambulatório pré-transplante atendemos os pacientes sem a necessidade de regulação e os avaliamos. No caso de pacientes em que diagnosticamos a necessidade de transplante, buscamos uma equipe em algum centro para que possa receber este paciente e, uma vez que estes pacientes são transplantados, nossa equipe do HAP começa o acompanhamento ambulatorial de forma gradual”, explica.
Segundo Rapassi, atualmente há apenas seis hepatologistas no Mato Grosso do Sul – um número pequeno se comparado ao número da população do estado. No último ano a jovem Tamires da Silva, de apenas 14 anos e residente no estado, passou por transplante de fígado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, após ter sido diagnosticada com Hepatite Aguda Grave pela Santa Casa de Campo Grande. Depois de quatro meses de tratamento em São Paulo, Tamires retornou ao estado e passou por sua primeira consulta de pós-operatório avaliada pelo doutor Gustavo no ambulatório da instituição. “Após o transplante o prognóstico do paciente hepatopata é o de levar uma vida normal, com alguns cuidados, obviamente. A Tamires, por exemplo, fará uso de medicação contínua, imunossupressão, mas a vida volta ao normal, tanto que ela já retornou à sua rotina escolar”, esclarece.
Na busca por oferecer um tratamento de qualidade a pacientes hepatopatas, o Hospital Adventista do Pênfigo, em parceria com o Governo do Estado, quer implementar um Centro de Hepatologia para a realização de transplantes de fígado com o objetivo de atender a população sul-mato-grossense e oferecer a tranquilidade de realizar o tratamento necessário sem que seja preciso o deslocamento para outros lugares do país, é o que explica o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende. “Será um grande benefício para os pacientes que aguardam por este tipo de transplante. O nosso Estado, atualmente, não realiza este serviço e o paciente infelizmente precisa se deslocar para outros centros do país. Com a possibilidade para a realização de transplante no Hospital Adventista do Pênfigo, em Campo Grande, o paciente conseguirá fazer todo o tratamento e ainda permanecer perto da família”, pontua.
A previsão é de que o Hospital Adventista do Pênfigo comece a realizar transplantes de rim e fígado a partir de dezembro de 2022.