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Hospital Adventista do Pênfigo realiza o primeiro transplante de fígado do estado de Mato Grosso do Sul

O HAP é a única instituição de saúde do estado habilitada para esse tipo de procedimento

 

Foto: Equipe médica responsável por realizar o transplante

Por Ronaldo Vicente

O dia 23 de julho de 2024 ficará marcado para sempre na história do Hospital Adventista do Pênfigo (HAP). Nesta data, foi realizado o primeiro transplante de fígado do estado de Mato Grosso do Sul. O feito histórico é resultado de dois anos de espera e muito preparo interno para que os procedimentos pudessem ser realizados na instituição adventista.

O primeiro paciente transplantado é natural de Ponta Porã, no Oeste do Estado. O senhor João Marcos, de 60 anos, fazia acompanhamento no HAP há um ano. Nesse período ele descobriu que precisaria fazer o transplante por conta de um quadro de Cirrose Hepática.

Antes da cirurgia, o aposentado falou da expectativa do transplante e elogiou o profissionalismo da equipe que o atendeu desde o primeiro momento. “Eu tive a sorte de ter essa oportunidade. Tive sorte de cair nas mãos de pessoas profissionais. O sorriso de cada um é o que passa confiança pra gente”. 

Para o Dr. Gustavo Rapassi, chefe da equipe médica responsável por realizar o transplante, o procedimento ocorreu dentro do esperado. O médico declarou que o paciente está bem e se recuperando cada vez mais. Rapassi disse também que em breve o senhor João deve evoluir para alta hospitalar.

O diretor geral do HAP, Everton Martin, comemorou o resultado do transplante. “É uma conquista e ao mesmo tempo uma realização. Mas o que nos deixa mais felizes é que poderemos ser instrumentos de transformação na vida dessas pessoas”. 

Barreiras vencidas 

Até então os pacientes com indicação de transplantes eram atendidos e acolhidos pela equipe médica do HAP mas precisavam ser transferidos para Sorocaba no interior de São Paulo já que não havia nenhum hospital credenciado para realizar os procedimentos em Mato Grosso do Sul.

  A jornada em busca de uma nova chance fazia com que a sobrevida dos candidatos fosse afetada dada a fragilidade da saúde de quem possui deficiências hepáticas. “Muitos pacientes acabavam morrendo no caminho por não aguentarem a viagem até Sorocaba, por isso a importância de tratá-los aqui em Campo Grande”, declarou Rapassi. 

 Ainda segundo o Dr. Gustavo a fila de espera para novos procedimentos conta com 30 candidatos. A maior dificuldade, no entanto, é conscientizar a população com relação a importância da doação de órgãos. 

  É o que confirma a Coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Mato Grosso do Sul, Claire Miozzo. “Não existe transplante sem um doador. Então um dos nossos grandes desafios é aumentar o número de doadores de órgãos e tecidos em nosso estado”.

 

 

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