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Hospital Adventista do Pênfigo coloca MS em 4º lugar nacional em transplantes de fígado

Estado alcança posição de destaque no ranking da ABTO após menos de um ano da habilitação para o procedimento

O Hospital Adventista do Pênfigo (HAP) alcançou um marco histórico para a saúde pública de Mato Grosso do Sul. Em menos de um ano desde o início do serviço de transplante hepático, a instituição impulsionou o estado ao 4º lugar no ranking nacional de transplantes de fígado, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com base nos procedimentos realizados no primeiro trimestre de 2025.

O transplante de fígado é um dos procedimentos mais complexos da medicina. Na foto, doutor Gustavo Rapassi e equipe durante transplante hepático.

O levantamento considera a quantidade de transplantes realizados por milhão de habitantes em cada estado. Até 2023, Mato Grosso do Sul não possuía centros habilitados para esse tipo de procedimento. Com o início das atividades no HAP, essa realidade foi transformada — e em tempo recorde.

Segundo Claire Miozzo, coordenadora da Central Estadual de Transplantes (CET), a conquista representa um divisor de águas. “Antes de firmarmos com o Hospital Adventista do Pênfigo, buscamos outras instituições para realizar transplantes hepáticos, mas nenhuma aceitou o desafio. O Pênfigo não apenas acolheu a proposta, como se reestruturou, atendeu às exigências da Anvisa e, com dedicação e seriedade, tornou-se referência em menos de um ano. Isso projeta o Mato Grosso do Sul nacionalmente e dá esperança a muitos pacientes que antes precisavam se deslocar para outros estados, muitas vezes em condições de saúde muito frágeis”, destaca Miozzo.

Desde a habilitação, 46 transplantes hepáticos já foram realizados pela equipe liderada pelo cirurgião Gustavo Rapassi, responsável técnico pelo serviço no hospital. Os procedimentos são realizados integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e envolvem uma complexa rede de apoio interinstitucional — desde a captação do órgão até o acompanhamento do paciente transplantado.

Para o diretor-geral do HAP, Everton Martin, a conquista é coletiva. “Um transplante só acontece com a generosidade da família doadora, com o apoio da equipe médica, da enfermagem, do serviço social, da limpeza, recepção, ambulatório, internação… É uma verdadeira força-tarefa que envolve, em algumas vezes, até o suporte de instituições como a PRF e o Exército, com o apoio aéreo e terrestre. Estamos falando de um esforço coordenado, motivado por um único objetivo: dar uma nova chance de vida aos nossos pacientes.”

Em menos de um ano de habilitação, 46 transplantes foram realizados no Hospital Adventista do Pênfigo.

O reconhecimento da ABTO reforça a excelência do serviço e consolida o Hospital Adventista do Pênfigo como protagonista em um dos procedimentos mais complexos da medicina. “Mais do que números, são histórias reescritas. Cada transplante representa uma nova oportunidade, e isso nos enche de esperança para continuar servindo com qualidade e compromisso”, conclui Martin.

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