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HAP promove curso para médicos sobre técnica cirúrgica minimamente invasiva

Os participantes estiveram no hospital nos dias 17 e 18 de outubro aprendendo a técnica que permite ao paciente conforto e rápida recuperação

A nucleotomia percutânea é uma técnica já existente e muito utilizada, entretanto, o avanço da medicina e tecnologia permitem que as técnicas cirúrgicas sejam atualizadas tendo o conforto e a recuperação do paciente como fator principal nessa busca por evolução. É o que explica o médico ortopedista e traumatologista, doutor Márcio Cley. “A Nucleotomia é uma técnica que tem o objetivo de diminuir a pressão interna do disco. Com isso, melhoramos a compressão do nervo quando esse disco não está funcionando de forma adequada. É uma técnica bastante rápida, prática, com resultado imediato, o que diminui o tempo de internação do paciente e acelera a sua recuperação”, conta.

Dr. Márcio Cley opera com técnica de Nucleotomia, procedimento minimamente invasivo.

Nos dias 17 e 18 de outubro o Hospital Adventista do Pênfigo sediou o evento Prático em Nucleotomia, um momento de aprendizado para médicos que têm interesse em técnicas de cirurgia minimamente invasivas. “É um procedimento chamado de percutâneo, com anestesia local e sedação, o que faz com que o paciente vá embora para casa poucas horas depois do procedimento. É uma técnica que vem agregar àquilo que já se faz em coluna e faz parte do que chamamos de processos minimamente invasivos. À medida que a tecnologia vem avançando desenvolvemos métodos que possibilitam apressar cada vez mais a reabilitação e, nesse mundo moderno, onde as pessoas precisam voltar ao trabalho, às atividades e aos cuidados domésticos, na Nucleotomia, além de não haver a necessidade de sutura, os riscos são mínimos em relação a outras técnicas mais agressivas”, pontua Cley.

Paciente do SUS passa por cirurgia minimamente invasiva durante programa realizado para apresentar a técnica de Nucleotomia Percutânea.

O programa realizado no Hospital do Pênfigo aconteceu através de uma parceria entre a instituição e a empresa MEM Cirurgias, como explica o enfermeiro William Millan, responsável pelo Núcleo de Ensino e Pesquisa (NEP), setor que organizou o evento. “Há várias empresas que fornecem produtos e equipamentos para que haja a parte prática da cirurgia e é comum que as empresas ofereçam essa possibilidade de o médico utilizar esse equipamento dentro do seu cenário de trabalho. Por isso, aproveitamos a oportunidade em que a empresa cedeu esses equipamentos para organizar o programa e abrir para a participação de médicos interessados em aprender a teoria e a prática da técnica. A MEM Cirurgias ficou responsável pela logística, coffee break e nós disponibilizamos o nosso hospital e os nossos médicos”, explica William.

No total, 15 médicos participaram do programa de ensino e pesquisa, com parte teórica e prática, essa última, aliás, possibilita além do aprendizado, que haja redução nas filas de espera de pacientes do SUS, devolvendo a eles qualidade de vida. “Mesmo sendo um procedimento em que não há a cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS), a empresa fez essa concessão do material para que a gente pudesse operar alguns pacientes do SUS, dessa forma, beneficiando a população que precisa desse tipo de cirurgia, então, parcerias como essa entre o HAP e empresas como a MEM Cirurgias têm como objetivo além de compartilhar o aprendizado médico, beneficiar pacientes que não teriam recursos para esse tipo de procedimento”, ressalta Márcio.

Especialista em cirurgias minimamente invasivas e adpeto da técnica de Nucleotomia desde 2007, o médico ortopedista doutor Tarcísio de Araújo, veio de Fortaleza, no Ceará, para participar do evento e compartilhar sua experiência na área. “Me interessei pelas vantagens da cirurgia minimamente invasiva para os problemas de dores na coluna ao entender que é uma técnica que nos permite agredir o mínimo o paciente, trazendo conforto e levando o paciente precocemente à uma vida normal, às atividades profissionais e esportivas, garantindo um retorno rápido à rotina”, lembra Tarcísio.

William Millan (à esquerda), coordenador do NEP, dr. Tarcísio Araújo (médico convidado), dr. Márcio Cley (médico do HAP), médicos participantes do programa e gestores da empresa MEM Cirurgias, parceira do hospital na realização do evento.

Para o médico, uma grande satisfação em visitar colegas de profissão em outras regiões do Brasil é a possibilidade de falar sobre algo que oferece resultados reais e eficazes dentro e fora do centro cirúrgico. “Algo que nos dá muito prazer é fazer a disseminação dessa técnica que acreditamos há muito tempo atrás e, desde então, trouxe benefícios para àqueles que operamos por meio dela. Hoje, nos sentimos na obrigação de passar adiante. Desde 2017 realizamos esse tipo de programa para disseminar a técnica de Nucleotomia em Fortaleza e temos cursos esporádicos onde explicamos a teoria desse processo cirúrgico e a parte prática com demonstração, ou seja, a cirurgia e, dessa forma, beneficiamos alguns médicos interessados na área, mas principalmente, podemos devolver a qualidade de vida a muitos pacientes”, acredita.

O evento aconteceu em dois dias no Hospital Adventista do Pênfigo sendo na quinta-feira (17) a parte teórica e na sexta-feira (18) a parte prática com cirurgias em pacientes do SUS. No total, 15 médicos se inscreveram e participaram desse momento de aprendizagem, dois deles vieram da Universidade Adventista Del Plata, na Argentina, tornando possível o intercâmbio médico entre os países da América do Sul.

Segundo o coordenador do NEP, trazer novos conhecimentos e novas técnicas é o principal objetivo do setor, independente da linha de pesquisa. “Trazer esses novos conhecimentos facilita e possibilita a melhoria do processo do cuidado do paciente, desde o procedimento pré-operatório, trans-operatório e pós-operatório. Essa técnica específica que estamos apresentando aos participantes nesse programa facilita a reabilitação, por ser um procedimento menos invasivo e com alto impacto de resultado. Assim, reduzimos o índice de contaminação, por exemplo, que são riscos que acontecem em toda e qualquer cirurgia e isso se deve à técnica, pois ela permite ao paciente menor tempo hospitalizado. São inúmeros os benefícios de aprender e compartilhar esse tipo de inovação em nossa unidade hospitalar”, conclui William.

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